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Emagrecer é fácil! Difícil é manter-se magra.

Se esse é o seu problema, saiba que não está sozinha neste barco. Milhares de pessoas emagrecem todos os anos, mas a grande maioria volta a recuperar o peso de antes. Quando o estrago não fica pior e o peso termina maior do que antes da dieta.

Onde está o problema? Qual o erro que estas pessoas cometem? É justamente sobre isso que vamos falar nas próximas linhas deste texto.

Ao receber uma paciente no consultório que desejava reduzir seu peso, fiz a seguinte pergunta a ela. ─ “Você já fez dieta alguma vez?” Ela respondeu. ─ “Como assim se eu já fiz dieta? Meu nome é dieta.” Rimos juntos, mas depois fiquei analisando a triste jornada daquela mulher e sua luta contra a balança. Naquele momento uma pergunta martelava minha cabeça: quantas vezes essa mulher frustrou-se? E, ainda assim, ela não desistiu de tentar.
Não acredito que uma pessoa esteja feliz com um peso, que na maioria das vezes, lhe faz mal à autoestima, que lhe expõe a riscos de saúde, que abre brechas para pessoas fazerem comentários maldosos e que lhe impede de usar a roupa que deseja.

O peso é um grande problema para a maior parte da população. Muito se fala a respeito do assunto — você já deve ter percebido que a palavra emagrecer é uma das mais buscadas nas páginas de pesquisas como o Google. Tem tanta coisa escrita sobre o assunto, não é possível que ninguém tenha descoberto o que pode garantir resultados duradouros. Na verdade muitos sabem o que tem que ser feito, o problema é que não fazem a coisa certa.
Primeiro ponto a ser avaliado é que não existe dieta milagrosa. Isso é um engano, é terrível uma pessoa dizer que você deixando de comer isso ou começando a comer aquilo vai lhe trazer os resultados que você deseja. Desculpe-me a franqueza, mas isso é besteira.

Sabendo que não existe dieta milagrosa o é que preciso fazer então?

Você precisa descobrir quais foram os erros que cometeu ao longo do caminho chamado vida. Muitos herdam maus hábitos da família e simplesmente repetem estes por toda a vida, acreditando que estão fazendo a coisa certa. Um paciente que durante nossa conversa chegou à conclusão que sua hipertensão era genética, havia herdado todos os maus hábitos dos pais.

Nos últimos anos houve uma grande mudança no padrão da alimentação. A indústria alimentícia transformou os alimentos que a terra nos fornece em milhões de embalagens coloridas que brilham aos olhos, mas que seu conteúdo nada lembra o produto original. Neste processo de transformação industrial a maior parte dos nutrientes é perdida. Fibras, vitaminas e minerais se vão, fica o amido e suas calorias, que tem atração pela região abdominal de nossos corpos.
As perdas de vitaminas e minerais comprometem o metabolismo. Impede o uso eficiente da gordura para produção de energia. Se esse processo não acontece a gordura é encaminhada para os depósitos, que mesmo abarrotados sempre tem um espacinho para quem acaba de chegar.
A falta de fibra compromete o trânsito intestinal. O bolo alimentar se arrasta lentamente pelo intestino, e a cada momento fica menor. Pois quanto maior for o tempo de permanência do alimento no intestino, melhor será a eficiência de absorção.
Por mais que os consensos de constipação intestinal insistam em afirmar que aqueles que vão ao banheiro de três a quatro vezes por semana para evacuar, não sofrem de constipação intestinal, eu afirmo que isso é um equívoco. A fisiologia, aquela que tem centenas de anos de estudo do corpo humano, e que não tem compromisso com a indústria, afirma que o normal é evacuar o número de vezes que comemos. Um dia isso já foi o nosso normal, mas é que nesta época só sabíamos chorar, mamar e defecar.
Enquanto não mudarmos para os alimentos integrais, vamos continuar dando murros em ponta de faca. Não tem como comparar estes dois alimentos, o integral tem muito mais vitaminas e minerais e em contra partida menos calorias. O quê? Os alimentos integrais têm menos calorias? Parece um equívoco, ou erro da minha parte, mas é verdade. A fibra presente no alimento integral não é digerida pelo nosso corpo e não pode ser contada como calorias oferecidas a nós.
Cem gramas de arroz branco têm aproximadamente 128 kcal, as mesmas cem gramas da versão integral têm aproximadamente 86 kcal. Comendo os alimentos integrais conseguimos maior saciedade e nutrição com menos calorias. Alguém tem dúvida que este alimento vai lhe ajudar a reduzir e manter o peso?
Outro ponto importante é a prática da atividade física, emagrecer sem exercício deveria ser considerado um crime. Os exercícios podem ser classificados em dois grupos. Aeróbicos que aumentam o gasto de calorias e favorece a redução de peso. E anaeróbicos, ou seja, musculação que aumenta a massa muscular gerando maior gasto calórico e consolidando os resultados. Não faça somente um deles, procure fazer os dois e assim terá melhores resultados.
Precisamos analisar o horário que vamos dormir. O sono é fundamental para os processos de regeneração do organismo e também para a consolidação da memória, mas é durante a noite que produzimos ou deixamos de produzir muitos hormônios que estão diretamente ligados ao metabolismo, fome e a saciedade.
Durante as primeiras horas da noite, nosso corpo produz o hormônio do crescimento, que vai promover a regeneração da massa muscular lesionada durante a atividade de musculação. O músculo se regenera aumentando o seu volumee a taxa metabólica também aumenta gastando mais calorias favorecendo a manutenção do peso.
Durante o sono controlamos o cortisol. Este é o hormônio do estresse, e caso ele se mantenha elevado na corrente sanguínea seremos mais estressados e ansiosos, e muitas vezes vamos comer compulsivamente, perdemos o autocontrole.
A grelina pode ser liberada em grandes quantidades durante o sono por algumas pessoas. Este hormônio desempenha papel fundamental para gerar a fome. Quando dormimos mal o nível de grelina aumenta na corrente sanguínea e temos dificuldade de controlar o apetite no dia seguinte.

O hormônio que desempenha papel contrário àgrelina é a leptina. Quando ele aumenta no organismo a resposta gerada é a redução da fome. Este hormônio está relacionado a quantidade de gordura corporal, quanto maior o nível de gordura maior a sua produção, mas noites mal dormidas afetam sua concentração e consequentemente ocorre o aumento da fome.

Não tomar banho de sol pode afetar sua ingestão alimentar. Durante a exposição ao sol estimulamos a produção da vitamina D, ela não é uma vitamina e sim um hormônio que tem papel fundamental no funcionamento cerebral. Baixos níveis de vitamina D podem gerar alteração no padrão de funcionamento cerebral causando mais ansiedade e compulsão alimentar.

Cuidado para não confundir sede com fome. Baixa ingestão de água gera sede e quando não atendemos aos pedidos do organismo ele vai aumentar a fome.Todo alimento contém água, sendo assim conseguimos atender nossa necessidade de água comendo, o grande problema, é que água não tem calorias, mas quando vem do alimento tem calorias e não é pouca.

Para manter-se magra é preciso mudar seu estilo de vida.

Assinatura-Ricardo-Vargas_021

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