A vitamina D não é uma vitamina e sim um hormônio que tem inúmeras funções no organismo, mas nosso texto de hoje não é enfatizar seus benefícios e sim falar sobre o risco de deficiência e os cuidados que devemos ter nestes meses quando o sol fica mais longe da Terra.
Nos alimentos encontramos fontes de vitamina D, mas na sua forma inativa, ou seja, que não funciona enquanto não entrarmos em contato com o sol para que ocorra a absorção dos raios UVB (Ultra Violetas do Tipo B). A absorção do raio UVB na pele ocorre com exposição ao sol entre as 11 e às 13h.
É preciso expor o máximo possível do corpo, não podemos estar expostos ao sol com o uso de protetores solares, eles filtram os raios UVB e não vai ocorrer a conversão da provitamina D em vitamina D ativa. Essa conversão ocorre nos rins formando a 1,25 Dihidroxivitamina D, essa é a forma ativa.
Depois de muito estudar esta vitamina e sua função no organismo e compreender a sua importância, solicito para todos meus pacientes o exame de sangue para dosagem da vitamina D. Me assusta os resultados quando nove de cada dez pacientes apresentam níveis abaixo do recomendado.Segundo dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Brasil sete de cada dez pessoas estão com níveis de insuficiência.
Baseado nos estudos dos últimos trinta anos é fundamental a investigação do nível de vitamina D, procure um médico e peça a solicitação do exame. Começamos a viver no período de dias com menos luminosidade, a deficiência pode se agravar neste período por isso a investigação agora é de fundamental importância, pois a tendência é que o nível de vit. D no sangue diminua mais ainda.
Abaixo deixo pra você a recomendação que eu trabalho na clínica com meus pacientes, converse com seu médico para que seja estabelecida a melhor forma de corrigir sua vitamina caso se faça necessário. Um forte abraço e bom outono/inverno para todos.
Para níveis de insuficiência ou deficiência, dose de vit. D manipulada de 7.000 UI/dia (Unidade Internacional) por três meses, ao final deste período realizar novamente o exame e se estiver normalizado dose de 1.000 UI/dia para manutenção. Se o resultado ainda estiver abaixo nova dose de 7.000 UI/dia por mais três meses.
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