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Obesidade em 2013 – como estamos?

Até hoje um dos temas mais pesquisados na internet é a obesidade. Basta uma busca qualquer e nos deparamos com dietas milagrosas, medicamentos que prometem emagrecer dormindo, perda de medidas com cremes baseados em nanotecnologia, e por aí vai…

Afinal, o que existe de sério e concreto para este tema tão pesquisado?

Inicialmente precisamos esclarecer que obesidade é uma doença, e não um estilo de vida. Lógico que devemos diferenciar entre aqueles que têm alguns poucos quilos a perder, onde a consequência é meramente estética, daqueles que apresentam acúmulos, digamos, mais expressivos.

Existem vários métodos para se diagnosticar a obesidade, e um dos mais simples é o cálculo do IMC – Índice de Massa Corporal, obtido pela divisão do peso em quilos pelo quadrado da altura (altura multiplicada por ela mesma, em metros). Por exemplo, se um indivíduo pesa 100kg e tem 1,70 metros o cálculo é feito dividindo 100 por 1,7×1,7 (2,89). Assim o resultado dessa conta será 34,6. Esse resultado é comparado com uma tabela. Se for até 25, peso normal. De 25 a 30, sobrepeso (ou risco de obesidade). Acima de 30, obesidade. Acima de 40 considera-se obesidade mórbida, com sérios riscos à saúde.

Outro comentário importante: não é importante apenas saber se existe sobrepeso ou obesidade, mas dependendo de onde essa gordura está localizada pode-se ter um risco cardíaco maior. Nesse caso, se o acúmulo for no abdômen, o risco de hipertensão, diabetes e doença cardíaca é maior. Considera-se obesidade abdominal (cálculo americano) todo homem com mais de 102cm de circunferência abdominal, e toda mulher com mais de 88cm.

Uma vez feito o diagnóstico da obesidade é hora de se pensar nas causas. Obesidade é uma doença multifatorial, ou seja, vários fatores se unem para gerar o excesso de peso – e essas causas são as mais variadas possíveis indo desde erros alimentares até doenças metabólicas capazes de gerar obesidade. Isso mostra que antes de rotularmos aquela pessoa portadora de alguns quilos a mais de “preguiçosa” ou “relaxada” devemos pensar que talvez, de fato, ela não coma tanto assim e acabe engordando – queixa muito comum nas consultas que realizamos.

E como se faz um tratamento atual para obesidade?

Inicialmente através de uma boa investigação clínica e pesquisa da história do ganho de peso do paciente – alguns engordam após a gravidez, outros após traumas emocionais, mudança de emprego, parada de atividade física… entre muitas outras causas.

Em seguida o médico faz um exame físico visando identificar alguns sinais clínicos que possam demonstrar alguma “pista” de doenças que possam levar ao ganho de peso. Manchas escurecidas no pescoço e axilas, acúmulo de gordura na região da nuca, tireóide aumentada ou diminuída de tamanho, aspecto das unhas, tamanho da circunferência abdominal – todos esses sinais podem ser preditores de doenças metabólicas que levam ao ganho de peso.

O paciente deve realizar exames laboratoriais – obesidade pode levar ao surgimento de diabetes naqueles predispostos, colesterol alto, triglicérides, ácido úrico, gordura no fígado (esteatose hepática) e o indivíduo pode ter essas doenças e nem desconfiar. Outras doenças como hipotireoidismo, síndrome de cushing, uso de alguns medicamentos também podem gerar obesidade. A dosagem de algumas vitaminas também é muito importante – pesquisas recentes mostram que na falta de algumas vitaminas o organismo simplesmente dificulta a perda de peso – é o sinal que podemos estar desnutridos mesmo acima do peso. Devemos lembrar que excesso de gordura não significa saúde. O indivíduo pode comer de maneira errada – com alimentos calóricos mas de pouco valor nutricional. Nos tratamentos modernos para obesidade, ao contrário do que o paciente pensa quando chega ao consultório, pode ser necessário repor essas vitaminas, e não expor o mesmo a uma dieta restritiva do tipo alface e água! Nos tratamentos atuais não é preciso desnutrir o paciente para que ele emagreça, mas faze-lo emagrecer de forma saudável, preservando seu estado nutricional, imunológico bem como sua resistência física.

Finalmente, após o paciente ter sido investigado chega a hora de tratar a obesidade. Não adianta reclamar, ainda não existe um tratamento que possa emagrecer um indivíduo sem que ele pratique exercícios físicos e regularize sua alimentação. E não me venha falar em dieta da sopa, retirar todo o carboidrato, chupar limão em jejum… nenhuma dessas intervenções podem ser feitas para sempre – chegará sempre o dia em que a pessoa vai se livrar de toda essa tortura (sim, isso NÃO pode ser chamado de dieta) e voltar a viver.

A dieta deve ser elaborada com alimentos que sejam acessíveis e possam ser mantidos para o resto da vida. Não estou dizendo que aquela picanha do final de semana deva ser abolida, nem o chocolate que nos salva (nós, os maridos) nos períodos de TPM – mas essas guloseimas devem ser exceção, e não regra. Dieta não é prisão, mas aprender a comer corretamente é uma experiência muito gostosa porque traz saúde para o nosso organismo, e deve levar o tempo que for necessário. Os escapes são comuns e não devem levar a sentimentos extremos (se não consigo fazer então vou desistir de tudo…). Com tempo e paciência tudo se ajeita. Nossos colegas nutricionistas estão aí para isso mesmo… e nos ajudam muito!

E o remedinho doutor?

Devo avisar que não existe remédio para emagrecer! Existem remédios que ajudam emagrecer, tratando a ansiedade, que às vezes nos faz comer, tratando doenças endócrinas como hipotireoidismo, resistência insulínica, síndrome de cushing e tantas outras que levam ao ganho de peso – e aí a importância da avaliação por um médico especializado na área (endocrinologista ou nutrólogo), capaz de identificar essas condições e trata-las adequadamente. Por isso que o tratamento medicamentoso é individualizado, não existindo um medicamento mágico que contemple todas as pessoas – o remédio que a sua irmã tomou e emagreceu pode não ser adequado para você!

…”Às vezes aquela dificuldade em emagrecer não é apenas aparência, mas indício de alguma doença ou condição metabólica que talvez você desconheça…”

Procure seu médico, faça sua avaliação, permita-se mudar e usufrua de uma saúde plena. Obesidade não é um estilo de vida e deve ser tratada com a mesma seriedade com que se trata outras doenças como a hipertensão, dislipidemia e tantas outras.

Imagem: www.shutterstock.com

Dr. Sidney Senhorini Junior

Médico – Endocrinologista

CRM PR17870

 

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