A pandemia tem afetado a vida em vários aspectos, um deles é a percepção sobre si. Fernanda Moura, Mestra em Psicologia pela UTFPR, explica que, com o isolamento social e a falta de contato com outras pessoas, tem contribuído para um cenário de baixa autoestima. Por isso é necessário falar em autocuidado e autoestima em tempos de crise.
Motivos e fatores que contribuem para a baixa autoestima
Um dos motivos para esse cenário é que os relacionamentos interpessoais são parte da autoestima das pessoas, e a impossibilidade de trocar afeto, carinho e compartilhar de eventos importantes pessoalmente, contribui para um humor mais deprimido.
Outro fator é que as pessoas têm parado de cuidar de si, já que os relacionamentos se limitaram principalmente ao espaço virtual, repleto de filtros, onde ninguém enxerga a realidade plenamente. O fato é que muitos não se cuidam porque se amam, mas porque querem a aprovação das demais pessoas. É necessário se cuidar por amor próprio.
A ansiedade e insegurança em relação ao futuro também são fatores importantes quando se fala em autoestima. Se por um lado a ansiedade pode criar uma obsessão em relação à forma como nos enxergamos, por outro, ela está associada à falta de cuidados com a saúde, por exemplo, quando se manifesta na alimentação exagerada ou não saudável. Os dois extremos podem fazer mal.
A baixa autoestima está muito vinculada à falta de satisfação e às inseguranças sobre si. Quando a pessoa não se sente validada, tem dificuldades de se posicionar, de tomar decisões, é um sinal de que a autoestima dela pode estar baixa.
Pais têm poder de agir sobre a autoestima das crianças?
Sim. A autoconfiança é construída enquanto crescemos. As crianças, portanto, precisam das palavras de afirmação, de reforço e da presença de uma rede de apoio da família, que contribuem para essa construção. Em um cenário de crise, onde as relações domésticas podem sofrer conflitos, não pode ser diferente.
É importante, ainda, que os pais se atentem para não terem um controle excessivo sobre as crianças. É importante deixar que elas se expressem nas decisões menos determinantes, como, por exemplo, deixar que a criança escolha a cor da roupa que ela quer usar.
Fazer escolhas é um processo importante para a autonomia da criança. Da mesma forma, a dependência excessiva dos pais pode contribuir para torná-la um um adulto com dificuldades de tomar decisões importantes e de fazer as coisas sozinho. São fatores que podem ser decisivos para a autoestima.
Formas de melhorar a autoestima
Moura afirma que o autocuidado é essencial para melhorar a autoestima em tempos de crise. Para começar, é importante entender que você não depende de outra pessoa para se cuidar. A pessoa mais interessada na sua saúde é você.
Comece por pensar em atividades que ainda podem ser feitas em tempos de pandemia. Escolha praticar as que mais te dão a sensação de satisfação e que fazem você se sentir produtivo. Seja assistir uma série, fazer exercícios físicos, cuidar da pele e do corpo, aprender algo novo, são muitas as possibilidades.
O autoconhecimento também é um dos pilares da autoestima. Além da terapia, que colabora pra esse processo de autodescobrimento, é momento de observar sua rotina. Quais coisas fazem você se sentir bem, e quais fazer você se sentir mal? Pense em como administrar cada uma dentro dos limites da quarentena.
Vale ressaltar que a autoestima não é só questão de aparência, é questão de inteligência e de saúde mental. Sendo assim, se não for dada a atenção necessária, pode desencadear em uma depressão.
Produtos que auxiliam no autocuidado
Existem vários nutrientes que auxiliam no bem-estar e autocuidado de dentro para fora. Para colaborar para a sensação de bem-estar, algumas opções são o Vitamina B6, o Soycare e o Magnésio. Para cuidar do corpo, algumas opções são o Picolinato de Cromo, o Psyllium e o Max Leve. Já para cuidar da aparência da pele, cabelo e unhas, vale apostar no Ácido Hialurônico + Vitamina E, o Óleo de Prímula, a Biotina e o Vitaminas + Colágeno + Levedo de Cerveja.